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Sobre mim

Sempre me senti mais à vontade como ilustrador e não foi à toa que acabei membro da SIB. No entanto, a formação me permitiu entender o desenho, a ilustração, como uma ferramenta ou atributo de algo maior, de um projeto maior. O Desenho, como um meio de planejar, de expor ideias, materializar projetos, antevê-los e executá-los.
Não sou dos ilustradores que poderiam ser chamados de artistas gráficos ou dos chamados “autorais”. Sou um designer que ilustra, como bem afirmou minha querida amiga Danielle: sou um comunicador visual.

Assim, acabei me envolvendo com desafios bem diferentes e com resultados bem distintos. Ainda é comum que me perguntem – Se você faz isso, por que continua fazendo aquilo?

Sou um apaixonado pelo desenho, muito mais pela forma do que pelo ato. Acredito que isto também me deixe desconfortável com o rótulo de artista. Mas a verdade é que tudo aquilo em meu trabalho que se poderia dizer “mais artístico”, acredito ter ficado mais interessante. Tudo aquilo, cujo briefing, me deu mais liberdade.

Bom, para quem me conheceu dentro de uma sala de aula, e já vão aí mais de 30 anos, nada de muito novo. Para os demais, sejam bem-vindos e espero que aproveitem.

Currículo

Bacharelado em Desenho Industrial pela Escola de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro – 1987;

Licenciatura em Artes pela AVM, Cândido Mendes – 2007;

Ilustrador SIB – Sociedade dos Ilustradores do Brasil;

Coordenador de Design da equipe responsável pela apresentação do Projeto da Nova Exposição do Museu Nacional, convênio estabelecido entre o CNPq e o Museu Nacional / UFRJ. Esta equipe desenvolveu um projeto de revitalização para a instituição, considerando a restauração e modernização de seu histórico palácio e da apropriada conservação e exposição de seu acervo. Para isto, foi criado, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, um escritório técnico e científico que contou com uma equipe multidisciplinar de designers, arquitetos, biólogos e antropólogos com coordenação geral do Professor Luiz Fernando Duarte, então Diretor do Museu Nacional – 2000 /2002;

Professor de Desenho, na Escola de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro – 2000, 2004/2005 e 2008/2009;

Supervisor de Estágio e Professor das disciplina de Desenho, Ilustração Científica e Ilustração Editorial, no Curso de Artes Visuais da Faculdade Pestalozzi – 2004/2012;

Professor das disciplinas de Desenho, Projeto de Identidade Visual, Projeto de Embalagens e dos Projetos Integradores, no Curso Técnico de Comunicação Visual, Centro de Formação Profissional de Artes Gráficas SENAI, Rio de Janeiro – 2005/2015;

Professor da disciplina de Percepção Visual e Projeto Gráfico, no curso de Pós‐Graduação em Ilustração e Design da Faculdade Maria Thereza – 2010/2015;

Criador, juntamente com o Anima Mundi, e orientador do Ateliê de Desenho Anima Mundi – 2016/2018.

Criador e orientador do Estúdio Ventura, espaço livre para o desenvolvimento da percepção visual através da prática do desenho, técnicas de ilustração e orientação de projetos – 2018.

O lápis foi minha primeira paixão. Um lápis de carpinteiro usado que ganhei do meu pai, desses de duas pontas, uma vermelha e outra azul. Acho que foi esquecido pelo marceneiro que fez o telhado e uma treliça no quintal de minha casa.
Começava a fase “vermelha e azul”. Casas, árvores, carros, aviões no céu e os navios no mar. O mundo em duas cores. Costumo ter recaídas.
Não tive experiência mais intensa que ser pai. Não que todos devam ter filhos. Claro que não! Eu muito pouco imaginei que teria.
Creio que existam outras experiências mais intensas, apenas não as conheci. Outra vivência capaz de nos religar ao passado.
E de modo irresistível, nos levar a rever tudo.
Tenho um caso afetivo com os objetos. Tanto por seus aspectos materiais quanto por seus significados simbólicos, numa primeira vista, sobre o que podem nos lembrar. Objetos resgatam episódios da vida, restituindo pessoas, lugares, rotinas, enfim, nossas relações.
Entretanto, algo em suas produções, os tornam ainda mais valiosos para mim. Quem os criou, os desenhou? Que ferramentas e materiais definiram suas formas? Que tecnologias permitiram que existissem?
Brinquedos e miniaturas são os objetos que mais me atraem. Contam histórias anteriores às suas existências. Histórias de um tempo em que existiam em outros mundos, servindo a outros propósitos.
A Natureza, aquela das enciclopédias e dos documentários, sempre me fascinou. Nos subúrbios do Rio, nos anos 60, convivi com uma versão dessa natureza bem menos selvagem, mas igualmente exuberante em minha imaginação. Dos jardins domésticos e vasos de plantas até a Quinta da Boa-Vista, Floresta da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes. Talvez, isso explique o tanto que trabalhei com instituições científicas e ambientalistas.
E aí, você segue pelas ruas da sua cidade, do seu bairro, e se dá conta que aquela mesma natureza insisti em fazer parte do “nosso” mundo. Criamos um e esquecemos que pertencemos ao mesmo mundo. Imperceptível, diante de nossas prioridades, ela segue nos provendo muito mais do que o metafísico. Apesar de nossa ingratidão, descaso e maus-tratos, segue companheira, nos surpreendendo com suas muitas maneiras de existir.
A cidade, uma cidade como o Rio, não é fácil de entender. Fico, em minhas caminhadas por esses vários bairros em que morei e vivi, procurando a minha cidade.
Mas o que é a sua cidade senão aquilo que você imaginou sobre seus desenhos? Essas referências das quais você não quer desistir.
Quem é o monstro? A cidade, através de seus marcos, nos cativam, nos prendem em sua mitologia.
E a amiga Chris Lima escreveu: "Fico pensando nessa gente toda que deu tanto a cara a tapa pelo que acreditava, pelo que eu e você ainda acreditamos, pelo que somos."
Pois é! Devemos muito a essas pessoas e a sua música.
Assim, vivemos entre lembranças. A cada objeto adquirido, perdido ou criado, seguimos atualizando, renovando nossas identidades...
Sem nos perdermos do passado, por menos querido que algum momento tenha sido. 
Seguimos misturando tudo, nos misturando a tudo. Aproveitando ao máximo as oportunidades que essa vida nos proporciona.
Nesse espaço e cenário, retomei sozinho um projeto iniciado com meus queridos amigos do Anima Mundi, em 2016. Tirando partido de tantos anos de experiência como docente, sigo com espírito e vontade, essa aventura que é lidar com as imprevisibilidades da vida.